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Construtechs: como as startups estão revolucionando o mercado imobiliário

O setor de construção civil é um dos que menos investe em tecnologia e inovação. As construtechs chegaram para mudar essa realidade. Descubra o que são e como escolher a mais adequada para seus objetivos
Construtechs: como as startups estão revolucionando o mercado imobiliário

A tecnologia transformou a maneira como consumimos, produzimos e existimos em sociedade. Os avanços, mais rápidos em alguns setores do que em outros, inauguram novas eras na indústria e nos mercados. Chegou a vez da revolução acontecer no setor de construção civil e imobiliário, com as chamadas construtechs.

Se você quer saber o que são construtechs e como elas estão agindo no mercado brasileiro, este artigo é ideal para você.

Origens das Construtechs

Nas últimas décadas, o Brasil e o mundo viram surgir uma série de novas empresas que buscam resolver problemas por meio de um modelo de negócios repetível e escalável, principalmente envolvendo tecnologia. O conceito apresentado é a definição de startups, empresas que ganharam o mundo e se multiplicaram velozmente. Para serem consideradas startups, as instituições precisam ser inovadoras, escaláveis, flexíveis e atuarem com incertezas. Exemplos bem sucedidos e que você provavelmente conhece de startups são o Airbnb, Uber, Spotify e Linkedin.

Com tamanho crescimento, é natural que essas empresas tenham se expandido para diversos setores e se tornado especialistas em alguma área. Hoje existem fintechs (startups que apresentam soluções financeiras por meio da tecnologia) e legaltechs (startups que oferecem serviços jurídicos), só para citar as mais populares.

No setor imobiliário não seria diferente: são as construtechs, conceito que engloba as startups relacionadas ao setor do mercado de construção. 

Produtividade e digitalização no mercado da construção civil

Esse mercado é um dos maiores da economia global, empregando 7% da população e gastando mais de US$10 trilhões em bens e serviços todos os anos. O potencial de crescimento é enorme, principalmente em países emergentes como o Brasil, que representarão 55% do mercado até 2020.

O mercado imobiliário e de construção civil é ainda muito tradicional e sólido, e sofre muito com a dificuldade em acelerar processos e inovar na maneira de entregar soluções práticas para o cliente final. Mesmo com uma mão de obra intensiva, o setor de construção padece com a baixa produtividade, que aumenta custos, atrasa prazos e prejudica a eficácia dos projetos.

 A baixa produtividade não é por acaso: de acordo com uma pesquisa realizada pela McKinsey (MGI Construction Productivity Survey), as razões para o problema vão desde regulamentação retrógrada até corrupção no mercado.

Além disso, o mercado reluta em acompanhar as tendências de inovação mundiais, enquanto outras indústrias avançam a passos rápidos com o uso da tecnologia. O setor de construção é um dos setores menos digitalizados de todos, ficando à frente  apenas do setor de agricultura. Foi para resolver esses problemas que as construtechs surgiram. 

Tabela comparativa dos estágios de digitalização de diversos setores da economia
Fonte: McKinsey & Company

O que são construtechs? 

O conceito surge nos Estados Unidos, juntamente com vários outros similares, como contechs, proptechs, retechs, greentchs, infratechs e ebuyers. Mas o que são cada um deles? 

  • Contechs: startups relacionadas ao ambiente de obra, à construção civil e à engenharia. Envolve gestão de projetos, compra de insumos, relatórios, BIM (Building Information Model), entre outros.
  • Proptechs: empresas relacionadas à propriedade (compra e  venda dos imóveis, financiamento, locação...). As proptechs, em contraponto com as contechs, atuam, principalmente, com soluções ligadas ao consumidor final, como serviços ao morador, intermediação imobiliária e condomínios.
  • Retechs: se referem ao Real Estate (qualquer tramitação de compra e venda imobiliária); não é muito usado, pois é parecido com o contexto das proptechs e confunde com o termo retailtech.
  • Greentechs:  são startups focadas em oferecer soluções sustentáveis ambientalmente. Envolve desde aplicações como redução de impacto das obras e consumo eficiente de energias alternativas.
  • Infratechs: startups que atuam na infraestrutura da construção, utilizando da tecnologia para digitalizar a indústria. 
  • Ebuyers: são um grupo de empresas que compram, reformam e revendem empreendimentos, ajudando proprietários a conseguir mais valor por seus imóveis. Veja o caso da Loft abaixo. 

As construtechs são o termo escolhido no Brasil para englobar todos os acima e outros que tratem da cadeia de construção.

No exterior, a expressão mais utilizada é proptech, se referindo a tecnologias aplicáveis ao setor imobiliário.

Mas, no Brasil, especialmente pela facilidade de entendimento (constru- como prefixo relacionado a construção e -tech como sufixo indicativo de tecnologia), o termo mais popular é construtech

Sendo assim, é do escopo dessas startups trabalhar com soluções inovadoras relacionadas a:

  • Aluguel, compra e venda de imóveis 
  • Orçamentos
  • Prospecção de terrenos
  • Manutenção predial
  • Investimento e crowdfunding
  • Reformas interiores 
  • Segurança do trabalho
  • Gestão de materiais, entre outros

Como as construtechs transformam o mercado?

As contechs, proptechs e construtechs em geral buscam não só inovar nos serviços com a ajuda da tecnologia, mas também

  • diminuir custos operacionais,
  • aumentar a produtividade que prejudica o setor,
  • aumentar a segurança do trabalhador civil e, ainda,
  • diminuir acidentes causados por falhas nos sistemas.

A inteligência artificial, pode, por exemplo, corrigir erros de projeto que levam a acidentes e defeitos operacionais, e sistemas mais tecnológicos de segurança podem ser a saída para prevenir acidentes que sensores tradicionais não conseguem captar previamente.

A tecnologia também consegue oferecer valor melhorando o dia a dia do cliente, com sistemas que emitem aviso quando chegar o momento da manutenção e equipamentos, como aquecedores e ares-condicionados, que funcionem com eficiência máxima com base nos horários de mais uso dos moradores.

A transformação digital, entretanto, não se resume a implementar novos equipamentos, e sim questionar os modelos tradicionais em busca de soluções mais eficientes.  

Investimentos no setor e a ascensão das construtechs 

Não à toa, o interesse nas construtechs cresceu muito nos últimos anos.

De acordo com uma pesquisa da plataforma PitchBook, empresas de capital de risco investiram US$4,5 milhões no setor em 2008.

Em 2017, o investimento chegou a US$538 milhões.

em 2018, o número quase dobrou, chegando a US$ 900 milhões.

O investimento na tecnologia promete resultados: o setor de construção global deve crescer até 3,7% ao ano até 2022, segundo projeção da Construction Intelligence Center.

Construtechs e as smart cities

Vale reforçar que  as construtechs, além de necessárias para o mercado de construção e imobiliário, fazem parte de um futuro que acredita-se estar cada vez mais próximo: as cidades inteligentes. 

Chamadas de Smart Cities, as cidades inteligentes utilizam da internet das coisas, machine learning e data science para transformar a qualidade de vida dos cidadãos, com diagnósticos mais precisos dos problemas enfrentados pela população local.

A ideia é que a tecnologia esteja a favor da sociedade, fazendo com que a mobilidade, acessibilidade, conectividade e gestão de resíduos seja feita de maneira mais eficaz e responsável socialmente. Isso vai ser ainda mais importante em um futuro em que a população não para de crescer: a previsão é de atingir 9,7 bilhões de pessoas em 2050, com 70% delas vivendo em cidades, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

No Brasil, grandes metrópoles já estão aderindo à ideia com pequenos projetos inseridos nos bairros, como o uso da internet das coisas para monitorar a iluminação de locais públicos.

Construtechs no Brasil 

A Construtech Ventures, venture builder focado em construção e imobiliário, mapeou as principais empresas desse segmento no Brasil. Vem atualizando esse mapa desde 2017, cada vez com mais empresas.

Mapa 500 Construtechs Brasil 2019 - Construtech Ventures
Fonte: Construtech Ventures

Outro grande mapeamento foi da Terracotta Ventures e do MitHub. Também identificou 500 empresas no Brasil em 2019.

Exemplos de construtechs brasileiras são a Hubbers, Bider e Resale.

A construtech brasileira mais famosa certamente é a Quinto Andar.  Foi a primeira empresa do setor a se tornar um unicórnio (termo utilizado para se referir a startups que alcançam valor de mercado de um bilhão de dólares) e foi responsável por desburocratizar o processo de aluguéis. 

Outro exemplo é a principal ebuyer nacional. A Loft foi fundada em 2018 e em menos de dois anos se tornou unicórnio, após investimento de US$175 milhões dos fundos Andreessen Horowitz, Fifth Wall Ventures e Vulcan Capital.  

Além dos citados acima, temos a Aqua, que é também uma construtech de alcance nacional. Somos uma proptech de interatividade para pontos de venda do mercado imobiliário.

Nossa atuação é junto à equipe comercial e de marketing imobiliário, para aumentar a conversão nos estandes e plantões de vendas. O resultado é uma comunicação mais direta e interativa com seu público, que gera mais vendas em menos tempo.

Como toda construtech trabalha com um problema específico das empresas do setor, podemos dizer que a dor que resolvemos é a baixa conversão no funil de vendas e o atendimento ruim e sem padrão de algumas equipes comerciais.

Uma das nossas maneiras de se alcançar esses objetivos é utilizando a Showcase Imóveis, ferramenta de marketing imobiliário que cria catálogos interativos para serem vistos em qualquer lugar - plantões de vendas, imobiliárias, feirões, showrooms.

Construtechs pelo mundo

Empreendedores têm fundado, ao redor do mundo, construtechs arrojadas com propostas transformadoras. Nos Estados Unidos o número já ultrapassa 400 unidades,  enquanto na Europa o número chega a mais de 100 empresas, concentradas em países como Alemanha, Inglaterra e Suécia.

Um case de sucesso é a Giraffe360, startup londrina que criou um produto de assinatura para auxiliar no processo de vendas das propriedades. Com um único clique, a câmera cria plantas baixas de alta qualidade, gera tours virtuais e armazena todas as fotos em um sistema de nuvem. 

A Rhumbix, na Califórnia, oferece produtos que modernizam as operações de campo, permitindo conectar todos os trabalhos e compartilhar informações. A startup transforma planos em fluxos de trabalho exclusivos e já recebeu mais de US$20 milhões em investimentos. Segundo o CEO da empresa, Zac Scheel, a Rhumbix diminui significativamente o tempo necessário para coletar, analisar e extrair informações de dados de campo. 

Além dela, há a PlanGrid, também do Vale do Silício. A PlanGrid proporciona um software de construção que conecta as equipes durante todo o tempo de vida do projeto, além de oferecer treinamento personalizado da equipe e de consultores. A startup já arrecadou US$ 66 milhões de investidores. Iniciativas não faltam!

Como escolher a construtech mais adequada para seus objetivos?

Já deu para perceber que as proptechs, construtechs e contechs têm revolucionado o mercado e transformado o setor imobiliário e de construção, não é? Em um mercado ainda novo, é natural que muitas dúvidas passem pela cabeça do consumidor. Como garantir que a construtech escolhida será a melhor para a resolução do seu problema? Quais são os principais requisitos de qualidade para uma empresa deste setor?

Na hora de escolher a construtech mais adequada, busque saber cases de sucesso da empresa. Quais clientes ela já atendeu? Como foi o trabalho desenvolvido anteriormente?

A Aqua, por exemplo, têm cases de sucesso em diversos segmentos do mercado, desde imóveis populares MCMV até alto padrão. Nosso site tem alguns cases de sucesso para o mercado imobiliário.

Além da experiência no assunto, o ideal esperado de uma startup da área de construção civil e imobiliário seja a especialização na solução que você precisa. Alguns problemas são complexos, e uma construtech focada em soluções específicas têm equipes mais capacitadas para te atender. Confira também se a empresa têm as certificações necessárias para atuar na área desejada.

Mas atenção! Como o mercado é novo, não espere de uma construtech que ela possua muitos anos de experiência no assunto. Assim como os problemas, as soluções também são recentes. 

Outra dica é checar se é possível fazer um teste do produto ou solução oferecido. Teste em um empreendimento específico inicialmente e confira se o serviço atende à suas expectativas, para depois expandir para outros projetos. 

Quais são as principais tendências para o setor?

Se o setor de construção civil e imobiliário está mudando a passos largos e não é o mesmo que era há alguns anos atrás, é de se esperar que nas próximas décadas o mercado deverá ver muitas inovações acontecendo. O cenário será completamente diferente, e antecipar o futuro é uma maneira de interferir ativamente no sucesso do setor e aproveitar as tendências.

Apenas esperar que as mudanças aconteçam para depois tentar se adaptar é a estratégia mais fácil para ficar para trás. Por esse motivo, a Balfour Beatty produziu um relatório intitulado “Innovative 2050” com previsões para o futuro da indústria civil. O que você pode esperar para o futuro do mercado? 

O relatório prevê: em 2050, robôs substituirão os humanos no canteiro de obras. Ousado? As previsões vão além: a construção ficará mais rápida utilizando de impressoras 3D e 4D e objetos de autotransformação. Além disso, empregos atuais deixarão de existir - o movimento é natural e acompanha a evolução tecnológica. Eis as principais tendências:

  1. Tecnologias vestíveis serão mais utilizadas, como exoesqueletos
  2. Controle neural será usado para mover máquinas e robôs da indústria
  3. O transporte de massa será mais rápido, menos prejudicial ao meio ambiente e mais seguro
  4. Os projetos serão realizados com impressoras 3D e 4D e realidade virtual aumentada, diminuindo erros de planejamento
  5. A análise de dados encontrará problemas antes que eles surjam
  6. A infraestrutura incluirá novos materiais que respondam ao meio ambiente, além do concreto e do aço
  7. O modelo de infraestrutura se tornará multifuncional e novos modelos de negócio surgirão, à medida em que outros desaparecem
  8. O setor estará focado em produzir soluções inovadores para os clientes.

As mudanças no setor também acompanharão mudanças na segurança de dados e na defesa cibernética. Para acompanhar tantas reformas tecnológicas, o setor de infraestrutura deve investir na governança e em práticas de proteção de risco. Os clientes se tornarão cada vez mais exigentes em relação à privacidade de seus dados e a segurança de seus projetos. 


Conclusão

Tantas mudanças não acontecem da noite para o dia. Pequenas alterações são implementadas regularmente, principalmente por ser um mercado de processos longos e que funciona a longo a prazo, mas as construtechs estão tomando voz ativa e sendo protagonistas para garantir que o setor não desperdice mais tempo. 

Se você quer aprender mais sobre esse modelo de negócio e sobre soluções inovadoras no setor de construção civil, uma boa ideia é frequentar eventos e ambientes propícios para a discussão de novidades e para conhecer startups que já estejam à frente do desafio. Uma oportunidade é o StartSe Construtech Conference 2020 - a Aqua estará lá apresentando o Showcase Imóveis. Conheça mais. O futuro já é agora!

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